Em 1963, no dia 25 de maio, foi fundada na capital da Etiópia, Adis Adeba, a Organização da Unidade Africana(OUA). Formada pela cooperação dos países africanos recém independentes na busca de reinventar o continente africano e extinguir o colonialismo da região. Já em 1972, a ONU assinalou a data como Dia da Libertação da África (Dia da África). Posteriormente, em 2002, a OUA passou a ser União Africana (UA), compreendendo a necessidade de um novo arranjo institucional para enfrentar os desafios contemporâneos que surgiram a partir do novo contexto no qual os países africanos estão inseridos.
A comemoração do Dia da África recorda ao mundo a luta pela independência enfrentada pelos países africanos após séculos de colonização europeia. O marco dessa data simboliza a união desses países em prol de um continente mais unido, com maior liberdade política e integração conjunta para o desenvolvimento. O Dia da África também tem um importante significado para as Relações Internacionais. A criação da OUA, teve como documento precursor a formulação de uma Carta Manifesto pela Unidade Africana.
Os objetivos norteadores da carta eram eliminar a influência do colonialismo na África a fim de estabelecer no continente a autonomia dos países para construir um modelo de política independente e de inserção internacional que fosse de encontro aos seus anseios e desejos políticos. Além disso, o incentivo à construção da autonomia política desses países seria importante para a formulação de uma posição unificada na esfera das discussões da Organização das Nações Unidas (ONU), que atendesse suas necessidades políticas, sociais e econômicas. No contexto interno do continente, a fundação da OUA, e sua posterior substituição pela UA colaborou no fortalecimento da integração econômica dos países pertencentes.