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E-commerce e o mercado de cosméticos.

Uma tendência que está cada vez mais presente no comércio exterior e permanecerá intensificando-se nos próximos anos é o deslocamento das relações de compra e venda do meio físico para o meio digital. A forma mais comum de operar uma migração desse tipo é através do e-commerce, ou comércio eletrônico. Este, por sua vez, é um importante meio para a internacionalização de empresas, assunto tratado previamente pela equipe Expand Jr. (clique aqui e confira). Mas aqui, nos dedicamos a relacionar a evolução das práticas de e-commerce com a expansão do mercado de cosméticos brasileiro, que segue em crescimento, conquistando o interesse de cada vez mais consumidores online.

 

Primeiramente, é importante entender que o termo “e-commerce” refere-se aos negócios que estruturam todo seu processo de compra e venda de produtos ou serviços via Internet. Dessa forma, todas as etapas, desde a seleção do produto até o pagamento, incluindo o atendimento ao cliente, são realizadas por meio de ferramentas online. Esse modelo de negócio tem atraído vendedores e compradores brasileiros por ser um canal potente que simplifica transações comerciais e supre necessidades de consumo sem precisar sair de casa. 

 

Desde 2021, o Brasil é um dos principais mercados quando o assunto é digitalização de varejistas. De acordo com Matteo Ceurvels, analista principal na eMarketer para América Latina e Espanha, no ano de 2024 já é possível perceber o mercado de e-commerce brasileiro mais maduro e consolidado, ao passo que, caso o setor mantenha a relevância e estabilidade conquistada nos últimos anos, o Brasil pode tornar-se o país com o maior número de compradores digitais na América Latina e o 8º em vendas de e-commerce a nível mundial.

 

Entre os segmentos que lideram o crescimento do e-commerce no Brasil, o mercado de cosméticos se destaca, o qual abrange itens como fragrâncias, produtos masculinos, desodorantes, cuidados com o cabelo, produtos infantis, proteção solar, maquiagem, produtos para banho, cuidados com a pele e produtos depilatórios. Nesse sentido, o mercado de beleza brasileiro é um dos maiores do mundo, sendo responsável por 4% do PIB nacional e, paralelamente a isso, o Brasil é o 4º país no mundo que mais vende produtos de beleza, higiene e cuidados pessoais. 

 

A essa altura, é importante ressaltar que a  evolução tecnológica apresentou recursos que possibilitaram a enorme expansão desse setor nos últimos tempos, bem como a democratização do acesso a cosméticos e a competição entre pequenas, médias e grandes empresas pela proeminência nas vendas online. Durante a pandemia de Covid-19, o e-commerce de produtos cosméticos recebeu um impulso: a busca por informação sobre rotinas de skincare aumentou na internet, assim como popularizaram-se novos produtos, tratamentos e dicas de beleza nas vozes dos influenciadores digitais. É interessante perceber que o crescimento deste mercado está grandemente relacionado aos consumidores da geração Z, a mais conectada com as tendências beauty virais nas redes sociais e também mais familiarizada com os dispositivos tecnológicos.

 

O mercado de cosméticos beneficiou-se muito dos acontecimentos mencionados anteriormente, mas ainda mantém-se muito aquecido no presente, com o aumento do número de marketplaces — a Shopee, por exemplo — e lojas virtuais, a popularização dos meios de pagamento online e a expansão da oferta de produtos e serviços. Ações de grande alcance e engajamento nas redes sociais, como as beauty boxes — “caixas de beleza”: kits de assinatura mensal ou anual de produtos cosméticos —, parcerias com celebridades e influencers, assim como a forte presença das marcas em mídias sociais e a possibilidade de elaborar cosméticos personalizados, têm sido estratégias de marketing relevantes utilizadas pelas marcas para alavancar as vendas e atrair novos públicos-alvo, contribuindo com a consolidação desse setor no e-commerce. Ao mesmo tempo, pesquisas realizadas pelo Google indicam que 83% dos consumidores pretendem manter ou aumentar as compras de produtos de beleza no próximo ano, ou seja, o mercado ainda possui potencial de expansão.

 

Nesse sentido, os consumidores estão cada vez mais atentos à cultura das marcas e seu posicionamento no que diz respeito às questões ambientais, sociais e étnico-raciais. Assim, cosméticos sustentáveis e orgânicos, não testados em animais e linhas veganas diferenciais muito atrativos aos compradores, além do apelo por produtos que abrangem uma variedade de cores e estilos, destinados a diversos tipos de cabelo e tons de pele, que são uma demanda geral dos consumidores.

 

Um caso interessante que merece ser mencionado é a gigante da indústria brasileira de cosméticos O Boticário, presente em mais de 3500 lojas físicas espalhadas pelo país, além da loja online, que aposta há anos em ações de marketing bem direcionadas e uma filosofia empresarial voltada para a valorização da natureza e do ser humano. Possui, atualmente, 2 selos internacionais cruelty-free, linhas de produtos veganos e está envolvida em vários projetos de sustentabilidade.

 

Em resumo, o avanço digital durante a pandemia aumentou os pontos de contato entre a marca e o consumidor final, ampliando os horizontes do varejo tradicional, que se expandiu para plataformas de marketplace e lojas online. A união entre o clássico mercado de cosméticos e os novos negócios e-commerce foi definitivamente próspera, em especial para o Brasil, que nesse cenário enérgico e dinâmico tem conseguido manter este setor em posição de crescimento e expansão, consolidado nacionalmente e, segundo as previsões, marcando presença cada vez mais forte na economia internacional.

 

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