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Tendências de Comércio Exterior para 2024.

O Comércio Exterior é extremamente dinâmico e está sempre sujeito a mudanças e novos desafios. Ao longo de um ano, diversos acontecimentos, planejados ou imprevistos, ocorrem no cenário internacional, impactando assim muitas das projeções encaradas como definitivas. Dito isso, abordaremos neste artigo as tendências de comércio exterior esperadas para o ano de 2024, em termos de perspectivas, riscos e oportunidades. Fique conosco e confira a seguir.

Tensões geopolíticas como o prolongamento dos conflitos entre Israel e Palestina, Rússia e Ucrânia, e até mesmo a disputa comercial entre Estados Unidos e China tendem a aumentar a insegurança, modificar fluxos de investimentos nas respectivas regiões, alterar taxas de câmbio e afetar o volume das importações e exportações.

Uma previsão para esse ano é a maior instabilidade do preço do barril de petróleo e de seus derivados, tendo em vista a escalada das tensões no mar vermelho e o envolvimento de países que são alguns dos maiores produtores mundiais de petróleo. Além disso, a instabilidade da região também causou o desvio e bloqueio de rotas marítimas, resultando em atrasos que afetam toda a cadeia mundial.

Em contrapartida aos impactos negativos, existe a possibilidade de que as nações a salvo dos conflitos encontrem brechas para aumentar sua participação no comércio internacional. Por exemplo, a crise no abastecimento dos commodities fornecidos pela Rússia e pela Ucrânia resultou em um aumento na venda desse gênero de produtos por outros países. O Brasil, por sua vez, tem ocupado espaços importantes no mercado mundial e deverá continuar forte dentro desse segmento, aproveitando-se dessa nova ordem econômica mundial e, em especial, das relações com o sudeste asiático e com a China. Apenas em 2023 foram US$ 105,7 bilhões em vendas ao país asiático, um recorde.

Novos acordos comerciais regionais e entre blocos, bem como a expansão e renovação dos acordos já existentes, são outra tendência importante para 2024. A promessa é de redução de barreiras comerciais e fortalecimento do comércio internacional. Nesse sentido, a expansão dos BRICS e um possível acordo entre Mercosul e União Europeia, visto que os dois primeiros blocos são atualmente liderados pelo Brasil, podem trazer oportunidades de crescimento econômico, desenvolver novos fluxos comerciais e atrair investimentos.

A entrada mais ativa da diplomacia brasileira nas negociações com diferentes blocos e países pode dar resultados efetivos. A mesma deverá também manter uma postura cautelosa em relação a parceiros comerciais atualmente envolvidos em crises político-econômicas ou em conflitos armados, como a Argentina de Javier Milei principal parceiro comercial do Brasil dentro do Mercosul e os países do Oriente Médio comprometidos com diferentes lados no conflito Israel e Palestina, respectivamente.

A inteligência artificial pode revolucionar desde a automação de processos repetitivos até a melhoria da eficiência operacional e análises preditivas de dados. A IA pode desempenhar um papel crucial nas operações de comércio exterior, aumentando a agilidade, a precisão das operações e a capacidade de resposta rápida às mudanças do mercado. Outra tendência relacionada é a ampliação do uso da tecnologia blockchain: um mecanismo de banco de dados que pode facilitar a comunicação entre países e operadores econômicos autorizados, além de trazer mais transparência e segurança para as transações comerciais.

A Agenda ESG (Environmental, Social, and Governance) está se mostrando cada vez mais relevante no âmbito do comércio exterior. Mudanças climáticas extremas, a necessidade de expandir direitos civis e sociais de forma a incluir e garantir dignidade a grupos minoritários, a importância de políticas de transparência e de responsabilidade corporativa, são temáticas que têm recebido enfoque e suscitado discussões na atualidade. Por essa razão, os compromissos ambientais, sociais e de governança das companhias são cada vez mais levados em conta nas decisões de compra e nas relações comerciais internacionais.

Para a balança comercial de 2024 é previsto um novo recorde nas exportações brasileiras mesmo em um cenário desafiador para a economia global, de acordo com a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. Essa estimativa não se deve aos preços, mas ao volume exportado, ocasião semelhante à ocorrida em 2023, quando a balança atingiu um superávit 57,2% maior em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo aumento no volume das exportações somado à redução nas importações. No entanto, o Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços acredita que em 2024 as importações aumentarão em razão do crescimento da atividade econômica brasileira no ano anterior, fazendo com que o saldo da balança comercial recue em relação a 2023.

Apesar desses dados expressivos registrados pela Comex Stat, o Brasil continua a depender fortemente das vendas de commodities, uma tendência que parece se manter para 2024. Já no segmento industrial de transformação observou-se queda de -3,2% em relação ao mesmo período de 2022. É esperado que o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) aumente a competitividade não só do segmento industrial ou de tecnologia, mas também de todos os setores da economia brasileira no mercado internacional.

A Reforma Tributária, que unifica cinco tributos; federais, estaduais e municipais; em uma cobrança única, busca a simplificação e desburocratização da arrecadação de impostos sobre o consumo. Essa reforma, cuja conclusão está prevista para o ano de 2033, traz consigo a expectativa de tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado global, impactando assim o comércio exterior. As mudanças se darão de maneira gradativa, mas podem, eventualmente, iniciarem-se em 2024 a depender da regulamentação da reforma pelo Congresso Nacional. É interessante salientar que serão mantidos os incentivos fiscais em locais como a Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio.

Esta é uma síntese das principais tendências de comércio exterior para o ano de 2024 e, no caso do Brasil, as projeções indicam expectativas positivas, apesar da corrente instabilidade no Sistema Internacional. Em um cenário tão complexo e diverso em perspectivas e possibilidades, conte com a Expand Jr – Consultoria Internacional ao iniciar atividades no exterior ou expandir seus mercados a partir da internacionalização de sua empresa. Entre em contato com nossa equipe e esteja cada vez mais engajado nas tendências mundiais de Comex!

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